Sim, comer às 8 horas da noite pode. Para a maioria das pessoas, esse horário está longe de ser um problema em si. O organismo não “fecha” a digestão à noite, nem transforma automaticamente o que se come nesse período em gordura.
Na prática, o que costuma importar mais é como o dia alimentar se organiza. Quando as refeições anteriores foram equilibradas, o jantar tende a ser apenas uma continuação desse padrão. Já quando o dia foi marcado por longos períodos sem comer, é comum perceber que o jantar vira um momento de excesso, não pelo horário, mas pela compensação.
Outro ponto relevante é a relação com o sono. Comer muito próximo de deitar, especialmente refeições volumosas ou muito gordurosas, costuma gerar desconforto, refluxo ou pior qualidade do descanso. Às 8 da noite, porém, muitas pessoas ainda estão ativas, em trânsito ou socializando, o que dá tempo suficiente para a digestão acontecer de forma confortável.
Há também o contexto cultural e social. Em muitos lares, esse é o horário mais viável para uma refeição tranquila, feita com atenção e companhia. Quando isso acontece, o jantar deixa de ser um risco e passa a cumprir sua função nutricional e social.
No fim, o horário isolado raramente explica ganho de peso ou prejuízo à saúde. O que geralmente aparece como determinante é a frequência, o tipo de alimento, a quantidade e a regularidade ao longo da semana. O relógio entra como detalhe, não como vilão.
Dica de leitura: se a fome de madrugada aparece com frequência, costuma valer olhar o padrão do dia, o estresse e a qualidade do sono antes de culpar um horário específico.